Cortem-me estas amarras
que me pesam
me prendem
a pesadelos e demónios
a vaguear na escuridão
das noites negras:
nem as cigarras
posso ouvir
nem sei colher
o pequeno malmequer
do outro lado
do arame farpado
com este aperto
no peito que me tolhe;
enquanto caminho
a destropeçar de pedra
em pedra,
sinto uns passos,
volto-me de repente,
vejo-me sombra
da minha sombra,
um restolhar de folhas
mais nada nem ninguém...
2 comments:
É a presença na solidão...
não viajes sozinha!
São caminhos da escuridão,
não ouves a voz minha.
Abraços de vida
Que bom senir-me assim acompanhada!!!
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