Thursday, August 31, 2006

Outra casa...


Aqui era Vinhais! Aqui a B. fez dois anos da Escola Primária num só. Aqui a M. partiu o queixo e racharam-lhe a cabeça. Aqui a A. teve terríveis frieiras e uma infecção grave à conta disso... Com o tratamento de choque, nunca mais sofreu de frieiras.
Aqui a Aninhas de Curopos e a Aninhas do Landedo faziam , desde as seis da manhã - aquilo é que era estudar!!! - exercícios de Matemática do " Palma Fernandes", antes do exame do 2º ano... ( hoje 6º) . Aqui executavam-se tapetes de flores na festa. Aqui a neve era branca, fria e imensa!
Aqui escreveram-se os primeiros bilhetinhos. Não, os segundos, os primeiros tinham sido em Lagoaça! Aqui jogava-se ao ringue como nunca mais vi jogar, aliás, quase ninguém sabe o que é um ringue!
Aqui esfolavam-se os joelhos dia sim dia sim e não era nenhuma tragédia! Aqui começou a estudar-se Francês com o Padre António e resolvi o meu destino profissional ( que precoce!)!
Aqui havia os "Diabos" e as "Mortes" nos Carnavais! Nunca mais vi nenhum Diabo... Andam todos disfarçados... Aqui acendiam-se grandes fogueiras nos rigorosos Invernos...
Viam-se as touradas na televisão do café. Brincava-se na rua até tarde no Verão...
Aqui foi mais uma passagem...
As portas e os caixilhos das janelas ( 1º andar) antigamente pintados de vermelho estão adulterados e desmaiados pelo passar dos tempos...

Era domingo!!!






















Despediram-se devagarinho das ruas que tinham sido o seu " pueblo" por aqueles dias em que já tinham o seu sítio para o café do meio da manhã e para um copo de final de noite... como velhos conhecidos e meteram-se por estrada em ziguezague em direcção à fronteira e Bragança...
Passaram por França, já em Portugal, rindo da curiosidade e alguém lembrou um documentário sobre emigração para justificar tal desacerto na toponímia.
E as pessoas não querem acreditar, mas é verdade: Tínhamos saído dias antes de casa direitinhos a Sanábria e chegámos sem dificuldade ao exacto local onde íamos pernoitar. Em Bragança, já andámos às voltas para encontrar uma indicação com a saída para Vinhais e acabámos por ter que perguntar que não havia meio de encontrar uma informação. Esta ida a Vinhais estava prevista no roteiro tipo roteiro da saudade. Já lá tínhamos ido anos antes , mas foi aquela cena de levar uma máquina fotográfica avariada e , portanto, deu-se aquela situação de chegar ao fotógrafo e ficar com cara de parva tal como a outra em que a máquina não tinha rolo... Num e noutro caso, é muitas vezes grande o desgosto, porque nem sempre se pode voltar ao mesmo lugar e, de qualquer modo, já nunca se repetem as situações...
Fomos a Vinhais: etapa de uma vida nómada de há muitos anos , tantos que aquele concelho parece ter parado no tempo e eu já não tenho propriamente nem dez nem doze anos... dali só se volta a sair pelo mesmo caminho, às curvas e contracurvas por Bragança.
Parada, estúpida de saudade dos jogos do ringue em frente ao colégio ( Externato) e dos joelhos esfolados e lavados das areias no fontanário que continua tal e qual, dirigimo-nos a um residente a pedir a informação desejada com um nome e , na minha memória, o retrato de uma jovem com uma trança espectacular . O homem agarrou no carro dele e seguimo-lo. Aí chegados, verificada a identidade da pessoa procurada, já nos despedíamos do senhor " não, não, eu agora entro e bebo um copo" . Estávamos literalmente a viajar no tempo, naquele tempo das portas abertas e do "entre quem é" que eu já escondera no recôndito da lembrança... E , nós a medo que o dono da casa fora chamar a mulher, instados a entrar pelo vizinho que se sentou tão à vontade como se a casa fosse dele e não saíamos ainda do nosso espanto, chegou ela, a menina da trança, afinal agora ela mais baixa que eu, e já sem trança, mas com um abraço que atravessou décadas sem nenhuma barreira a não ser a das circunstâncias da vida... para desfiar memórias de crianças...
Foi breve o encontro, porque era a viagem de regresso das férias ( enfim!!!tinha que ser , não é? ) e havia outro encontro pelo caminho... Breve, mas rico...
Antes de partirmos do "regresso ao passado", o F. ofereceu-nos dois lindos botões de rosa. Estão ali entre as páginas de um dicionário...

Transumância... ainda em Puebla de Sanábria


Sem querer, assistimos a este espectáculo...
lá iam a caminho de pastagens mais férteis ovelhas e carneiros indiferentes ao espanto das pessoas . Atravessaram a povoação como sempre, desde há anos anos e anos...

Sanábria























Era sábado: a manhã chegou silenciosamente muito silenciosamente e com um calorzinho saboroso a anunciar um agradável passeio nas paisagens de encher o olhar e o coração e sol junto ao lago ali mesmo à beirinha da água com umas ondinhas splash splash splash pequeninas juntinho aos pés a embalar os mais sonolentos ( houve mesmo quem passasse pelas brasas) ... que nem se deu pelo deslizar do tempo...

Wednesday, August 30, 2006

Puebla de Sanábria


















A manhã seguinte chegou fresquita fresquita…e reservou-se o dia para a visita dos monumentos…o castelo, as ruas, as praças, os gigantones…e o Rio Tera, a História cruzada com a nossa - a batalha de Toro e a ajuda portuguesa contra os franceses no tempo de Napoleão registadas no filme da Sala de Audiovisuais do Castelo - e o aperitivo no miradouro e o almoço já integrados no ambiente e passeio e mais passeio e sempre o encanto de cada recanto... e as conversas sem pressas... e os jogos do Trivial para terminar o dia acompanhados da aguardente "tostado" com sabor a mel...

Lago de Sanábria



Sol e mergulhos no lago ( houve quem se abstivesse da água tal a satisfação de estar ali naquela paz ao sol com aquelas companhias ) e exploração rápida do local antes do jantar... jantar à maneira espanhola "para compartir" com um bom vinho a acompanhar...
Noite no Bar Central...
Para quem tiver muita curiosidade, espreitar, por exemplo http://www.sanabria.tk/ porque qualquer outra palavra será demais...

Rua de Braganza


Tempo de meter roupa na máquina, passar a ferro, voltar a fazer as malas e lá foi o trio direcção Puebla de Sanábria, via Zamora. Tudo bem sinalizado. Houve um engraçadinho que se enganou a meter o gasóleo... Achou o Diesel A mais barato que o gasóleo normal em Portugal que toca de atestar Diesel A todo satisfeito... Só quando começou a ver o outro preço ainda mais barato é que se compenetrou da falha... "La encomienda" junto a uma barragem foi a paragem para almoço já pelo horário espanhol... que isto de andar por outros países tem que seguir a norma " em Roma sê romano" e, então, uma pessoa vai-se adaptando pouco a pouco...Chegados a Puebla de Sanábria, encontrou-se o "Hostal" Carlos V sem problemas, os quartos óptimos, ah e o sossego para dormir como há muito tempo não se ouvia!!! E abertas as janelas , a vista ah a vista ...

Tuesday, August 29, 2006

Paragem ... na praia de...?





















Após o Cruzeiro no Douro, em que lavei a alma e os olhos, muitos trechos do rio evocaram imagens do passado, dos antepassados longínquos até ao tempo de D. Afonso Henriques e das vidas todas que se escoaram por terras dessas margens, dos avós mais próximos e das saudosas férias grandes , mesmo grandes tão boas... tempo para a passagem sacramental por uma praia que tem também um bonito lugar nos meus verões com o almocinho da praxe a olhar para o mar... com o J. e a X.... Que mais se poderia desejar entre passeios?

Monday, August 28, 2006

O Douro...ainda!

Do Douro...


















Ainda alguém se lembra de um texto da " Primária" em que eram apresentados o Tejo, o Douro e o Guadiana ( era esse o título do texto , não percebo por que razão não era "Douro, Tejo e Guadiana"...) como três irmãos que, à medida que iam acordando, partiriam em direcção ao mar? Lembram-se? O Guadiana acordou cedíssimo, como menino bem comportado e lá foi, escolhendo os mais bonitos locais para se espraiar... O Tejo acordou já mais tarde; teve que se despachar e já não pôde escolher umas margens tão belas... O Douro acordou em último lugar e, quando viu que já era tarde, lançou-se por montes e vales , a correr até ao mar, sem tempo para escolher caminhos...
Por este motivo, por esta agreste escolha e porque conhecia, na altura da leitura do texto, a beleza selvagem desse rio, ali , pelos lados de Lagoaça, sempre o preferi aos outros. Talvez ainda porque detesto levantar-me cedo... e talvez não goste muito de gente pasmada como aparentava ser o Guadiana...
Enfim, agora nm livrinho fininho de passatempos de Língua Portuguesa( 5º ano), reencontrei o dito texto ( ou alguma versão do mesmo) : Teófilo Braga, "Contos Tradicionais do Povo Português", Publ. D. Quixote.
Termina assim: " O Douro foi o último que acordou, por isso rompeu por montes e vales, sem se importar com a escolha, e eis porque as suas margens são tristes e pedregosas."
Entrevejo aqui uma crítica ao mano preguiçoso...
E se as margens eram tristes e pedregosas naqueles tempos de gente muito madrugadora, não sei... agora são assim desta beleza !!! Penso eu...

Sol...















Na Praia da Apúlia a apanhar muito sol com um intervalo para um belo almoço no " Camelo" frente a uma paisagem magnífica de mar, sol e moinhos...

Ai, Agosto...


Mar... tanto mar...

Saturday, August 19, 2006

Casas...



São dias são momentos são lugares são casas ... na memória: esta é a casa da baía, onde nasceu "a mana do meio", e que eu recordo amiúde e já falei dela em outras páginas e outros dias , por exemplo a 4 de Março, a casa que (quase) vem nos livros , porque a Concha lá vem toda esbelta exposta indiferente,como se eu não tivesse nada a ver com ela...
aquela onde eu nasci , não sei dela, anda escondida nos minhas lembranças de adolescente, a estas horas já nem é real, submersa em alguma urbanização tipo condomínio fechado...
A outra é a da Serra de onde se vê o Douro da Cruzinha, já falei dela quando passeei por lá em saudade ... Nasceu lá a " pequenina"... As portas estavam à época pintadas de vermelho e íamos buscar água a uma fonte no meio da praceta: não tenho fotos dessa fonte - já não existe!
Habitámos mais casas , mas em nenhuma delas nasceu, no nosso tempo, uma criança... nessa outra casa algumas casas depois, quando as crianças chegaram , já tinham cinco dias... primeiro , uma linda "senhora", depois , um belo " senhor"...
Esta tarde deu-me para isto!

Mudam-se os tempos...


Está ou não encatrafiado lá no canto, reduzidíssimo a uma insignificância que a História NÃO lhe atribui?????? Nem os amores...

Mas a foto tem outra qualidade, lá isso...

O "Sancho", perdão , D. Sancho I: Antos e depois...




... O " Sancho" , perdão , Sua Alteza D. Sancho I , O Povoador, o da Ribeirinha... no anterior local onde " pontificava " , segundo as crónicas, há mais de 50 anos no centro da Praça Luís de Camões, mais conhecida por Praça Velha( que é isso comparado com a idade da Catedral?) , local de onde já tinha sido "extraído" um antigo coreto ( ainda teve sorte o Sancho, perdão , D. Sancho, que não desapareceu !!!quer dizer, ficou nas fotos antigas e nas memórias de alguns...) e o mesmo D. Sancho encatrafiado nas correntes de ar ao canto da Sé, tendo estendido na sua frente um tapete frio de granito escorregadio em manhãs de geada ( a aparência de relva verde estendida no chão desde o Mundial é mesmo aparente, aliás é sintética! - pois se a rela fosse rela, outro galo cantaria... - e ninguém sabe se é para ficar; pelo menos , no Verão retirou alguma frieza à Praça Velha deserta e a garotoda andou por lá a brincar) ...
O único comentário que faço é que o verbo "encatrafiar" existe mesmo: é só ver no dicionário!
E as fotos mais antigas não foram feitas em digital... nota-se à distância...

Friday, August 18, 2006

Belém

Acordei estremunhada
esta manhã molhada
de verão de inverno
uma fria chuvada
descia pela estrada!

Lá longe no caminho
Rodeada de carinho
Desabrochou uma vida...

A partir de agora
Pelo tempo fora
Belém não é só um lugar
É uma pessoa ímpar!

Thursday, August 17, 2006

Tudo normal!...

Sai uma pessoa de manhãzinha
sozinha
para tomar café
e fica com os cabelos em pé
andam a fazer limpezas
pelo meio das mesas...

No quiosque com alegria
diz bom dia
Sobrancelhas levantadas
Dizem-se espantadas
Ninguém responde à saudação
nem por educação.

De volta para casa devagarinho
De mansinho
Obrigatório parar nos sinais
Que os demais
Disparam em veloz corrida
Sem respeito pela vida!

Vive-se na grande aldeia
já a tudo alheia
Como na cidade indiferente
Anónima solitária gente
A comprar um jornal,
Portanto tudo normal!

Wednesday, August 16, 2006

Inverno



Dia 16 de Agosto: Dia de Inverno! Não, não me enganei: é mesmo assim hoje o dia. Depois de temperaturas altíssimas, de sufoco, drasticamente as temperaturas desceram com ameaças de trovoadas e inundações! Mas animou-se o dia com umas visitas muito queridas, saborosas como chocolates suíços, e uma amiga deixou-me um recado lindo e, não tarda nada, para asemana, vou regalar-me a passear pelo Douro acima até à Régua ...Só espero que o S. Pedro tenha um bocadinho de juízo e reponha as temperaturas normais para a época... Lá se inaugurou o troço de 9Km( falta o de 21KM com aquela célebre "bossa de camelo em que futuramente se terá que reduzir de 120KM para 80KM e a providência cautelar da Associação dos Cidadãos Automobilizados não foi aceite pelo Tribunal...) Mangualde- Viseu ( está uma belíssima auto-estrada com locais em que não se pode andar a mais de 100km/h para se sair daqui para fora arejar junto ao mar!!!), porque tudo precisa de ser inaugurado... - afinal estes 9Km não foram inaugurados - foram só abertos ...) Ainda um dia destes veio um Secretário de Estado inaugurar a nova sede da GNR- BT... nova sede ... ALUGADA! por isso... ( quando falam em inauguraçõe e visitas lembro-me logo do Américo Tomás, que é que querem? e da minha escolinha de Lagoaça e da de Anadia , em épocas diferentes, claro!) Por falar em Lagoaça, eis a escolinha... e a Escola ( agora não sei o que lá funciona!) de Freixo de Espada à Cinta, onde fiz exame da quarta classe...Sim! Não parece , pois não? Mas já houve exames da quarta classe!

Tuesday, August 15, 2006

Rosas...


Bate o sol em branco
nas paredes das casas
da serra esturricada...

Tonteia pelos montes
em desnorte de asas
uma ave assustada...

E, num jardim à margem,
no meio da folhagem
verde aperaltada,
vive um botão em flor
por momentos escassos
(que tisna tudo o calor)
e amanhã de manhã
uma rosa em esplendor
desmaia de rubra-cor
nos castanhos abraços
da terra chã...

Em tempos de caça...


... é bom lembrar que há patos ...
que podem andar a nadar descansados ...


muito fresquinhos, muito aprumados...

Saturday, August 12, 2006

Depois...


Depois, passou-se uma semana de um calor " fritar charnecos no ninho" como diria o outro, calor de dia, de noite, à beira-mar, à beira-terra, dentro, fora... passaram-se três dias porreirinhos sem vento nem ondas ( como não havia de estar calor? ... até é prenúncio de tempestade que pode ser subtil ...) e, ao terceiro dia...quase quarto... ninguém ressuscitou, apenas a bonança se desfez quase sem se dar por isso... não houve nem raios nem coriscos... e devagarinho fiquei fantasma que, ao quinto dia , se tornou invisível. Então, percebi que já não "cantava" nada ali... e saí de mansinho... desandando a passear por Espinho e a banquetear-me de peixe... a minha tensão desceu drasticamente, o que, por um lado até é bom...A noite passada estava tão quente de novo que me sentei à porta da varanda a ver a " vida" da noite: entre o silêncio do calor acumulado nas paredes e nas ruas e os saltos dos carros na lomba , um gato malhado gozava o seu passeio nocturno ...
Por agora, só quero boas ondas pela Lagoa de Óbidos... Tudo o resto são apenas pormenores sem importância.

Viagens e livros


No Intercidades, li Vasco da Graça Moura em " contos Inéditos"( Visão) " Duas Mulheres em Novembro" e o "Público", leio sempre o " Público", é um vício , um vício bom , no meu entender...
Chegada a Lx, à minha espera um brutal calor de Agosto. Desceu mais tarde pelas escadas rolantes uma fada de rosa e branco vestida de sorrisos e saudade que apagámos num jarro de sangria, conversa fiada e peixe grelhado.
" A verdadeira história do Capuchinho vermelho"para maiores de quatro anos veio a calhar para refrescar os ânimos e registámos os nossos nomes na máquina do Quiz do Alvaláxia. Cansadas de verde pusemos na mesa do jantar um copo vermelho e outro azul. E no Teatro Maria Matos Café discorri sem quase interrupção ( ou por causa do calor, do sono ou condescendência de filha ou todas) sobre tempos de tolices antigas.
Domingo e café da manhã num cafezinho à esquina, e fuga da calmaria para a Estufa Fria que não estava tão fria...como seria de esperar... Pela tarde dentro, encafuámo-nos na Fnac a ler B.D. e deliciámo-nos mais tarde com um swirl da Olá entre conversas e recomendaçõesantes da viagem no Alfa Pendular...onde engoli "Minto até ao dizer que minto" de José Luís Peixoto que eu não "conhecia" ( esperando chegar a horas e sem percalços sem princípio de incêndio como no ano passado por esta altura) e pus-me aler porque , à noite, sempre está mais fresco) " A Queda de Roma e o fim da civilização" de Bryan Ward - Perkins ( p'ró que me deu?) . Trouxe mais três livros na mala que eu perco a cabeça quando entro numa livraria... E acho que, por esta vez ( esqueci-me!!! ou não veio a propósito!!!) não usei " formidável", " consumição" e "trouxe-mouxe" para alívio de uma certa pessoa que acha que só eu é que uso estas palavras estranhas(?).

Friday, August 04, 2006

Enquanto houver flores...















... As cores abraçam-se
numa dança
mágica
de
harmonia!

Thursday, August 03, 2006

Para refrescar!!!


Pespegaram-se nuvens " dos Simpsons" por cima da cabeça numa tarde de calor... Corre um ventito brincalhão enrolado nas folhas das árvores verdes...
Não se pode estar na esplanada, com música tão alta de um lado e ruído das obras do outro... ´



Há quem diga que tenho muitas fotografias do mar este ano, mas são lindas, não são?

21 mortos numa semana...

Poderia pensar-se que o nosso país está em guerra, mas não ( ou estará?) : 21 mortos numa semana... na estrada, segundo o Público de hoje, dia 3 de Agosto de 2006... No que vai de ano, de acordo com o mesmo jornal, "a Direcção Geral de Viação já contabilizou desde o início do ano 455 ( QUATROCENTOS E CINQUENTA E CINCO) mortes em acidentes de trânsito..." ." Cinco jovens perderam a vida em despiste de automóvel", título do mesmo jornal, local, página 47. Mas (quase) toda a gente encara estas mortes como a coisa mais natural deste mundo moderno cheio de carros e velocidade e juventude ( jovens entre os 18 e 30 anos!!!) . ( Quase) ninguém acha isto um desperdício de vidas? Ninguém se reúne para decretar um cessar-fogo imediato? Ah! Estava a ficar confusa, o nosso país não está em guerra!