Fica-se doente. Da alma.
lê-se no olhar.
chega uma aranha e constrói uma teia.
com pezinhos de lã, estica os fios,
desarruma-os em palavras.
enreda-as. estende os desenhos,
envolve-os em fel.
cola-os. reforça-os.
basta
ficar à espera.
espera
e ataca
pela calada.
Nada
se pode deslindar
na teia armada
na cobardia.
Fica-se doente.
da alma enganada.
lê-se no olhar.
chega uma aranha e constrói uma teia.
com pezinhos de lã, estica os fios,
desarruma-os em palavras.
enreda-as. estende os desenhos,
envolve-os em fel.
cola-os. reforça-os.
basta
ficar à espera.
espera
e ataca
pela calada.
Nada
se pode deslindar
na teia armada
na cobardia.
Fica-se doente.
da alma enganada.
9 comments:
Os males da alma não são fáceis de curar mas não há mal que sempre dure.
Beijinhos
Renda,
para os males da alma, em especial deste tipo, eu costumo beber chá de tília. Ahahahahahahah!!!
Mas agora a sério, acredita que bebo chá desde pequenina e, a minha avó Laura, a de Mogofores, tinha no quintal uma árvore de cidreira e outra de lúcia-lima.
Adoro o cheiro do chá de lúcia-lima
feito com as folhas ainda verdes.
Hummmmmmm!
Beijinhos
Sophiamar: tens razão. Estou a serenar.Há problemas tão graves na vida que nem vale a pena determo-nos em certos momentos menos simpáticos. Beijos.
Carminda: um chá , é bem visto... cheira-se, sorve-se devagarinho, porque está quente e o próprio ritual ajuda a acalmar. E vindo do quintal da avó Laura o sabor tem que ser óptimo. Só tu para me trazeres hoje esta calma com raízes na Bairrada. E até já me ri... Beijos.
Oh Renda!
Não imaginas a alegria que me dás ao sentir-te assim mais bem disposta e quase igual à Renda que "conheci" até há 2 dias atrás.
Olha! eu quando estou assim pra baixo e, não tenho ningém por perto pego no telefone e ligo à pessoa que eu sei que me fará rir de mim mesma.
Beijinhos amiga, para ti e para a princesa, que me lembrei dela há pouco, quando vi aquela cena tão triste que se passou no metro em Barcelona.
Abraço grande!
Olha um castelo!
Carminda: claro que a nuvem passou, veio a chuva e tudo, mas faz bem para assentar a poeira... e as ideias voltam ao lugar. Estou até a repensar voltar a deixar comentários em dois ou três blogues que visite com mais frequência...nunca guiei os meus actos por via de condicionamentos alheios, não vaou começar agora que não tenho já idade para isso...ahhahahahah
Beijos.
Andreia: minha querida, não é um castelo, é um ângulo da Sé Catedral da Guarda.
O fim de semana ainda vem longe , mas verifiquei que, aí, por Mões, quando há festa é festa rija...
Beijos.
E fazes muito bem em deixar vestígios da tua passagem.As tuas palavras fazem-nos falta!
Beijinhosssss
Sophiamar: ainda bem que te agrada que eu passe e "converse" contigo. é mesmo isso que vou fazer...não tarda.
Beijos .
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