E se, de repente,
- como diria o poeta
o grande Vinicius de Moraes -
não mais que de repente
acabasse o café em todos os cafezais
e em toda a engrenagem
na imensa viagem
até às máquinas
do café da cidade???
E se, de repente,
desaparecesse o café quente
bem tirado no cimo a espuma?
como seria o domingo sem pretexto
para sair faça sol ou chuva
ou vento gelado ou brisa suave
num qualquer café da cidade???
E, se de repente,
não houvesse mais
a chávena de café
negro e fumegante?
como seria o domingo
sem o jornal acompanhante
e a tertúlia um tanto oca
a tertúlia já muito pouca
no café de qualquer cidade?
E, de repente,
sem um cafezinho
como seria
o dia
de domingo
ou o dia seguinte
o jornal sozinho
a conversa louca
de tão frouxa???
E, de repente,
"um café, por favor!"
e vão correndo lado a lado
ele a ela encostado
as letras garrafais
das notícias dos jornais
apontando aqui e ali
uma nenhuma novidade
e ela olha, lê e ri,
pega na chávena devagar
e é um momento igual
a muitos e, portanto,
sempre especial...
Sunday, November 25, 2007
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6 comments:
Saíamos a beber chá?...
Renda!
Vamos torcer para que nunca se acabem os cafezais!
Gostei deste Domingo com o aroma quente do café aqui tomado contigo.
Beijos
Credo! Ele dá-te para cada uma, Renda!... Então era lá possível um Domingo, ainda por cima com o frio que faz, sem um café quentinho para nos aquecer por dentro?!
Um Xi Grande
Não era tão agradavel com o frio que vai lá fora!
Já estamos na 3ª, mas cafézinho...é todos os dias, não achas?
Valeu!
Beijinhos
que não acabem os cafés nem os cafezais...os cafezais pela beleza ... os cafés pelo gosto, pelo aroma, pela ajudinha que dá na cura das minhas dores de cabeça.... e, mUUUUUito importante, porque como sabes retomei a minha colecção de chavenas de café "dos cafés" ...he he he
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