Sou uma exagerada. Começo sempre a fazer as malas com muita antecedência, por isso nunca poderia aproveitar as ofertas de última hora. Estico tudo em cima de uma cama livre. Tudo que é como quem diz: aquilo de que me lembro numa primeira impressão. Depois, dia a dia, durante uns cinco dias, pelo menos, vou acrescentando os pormenores: também tenho que levar isto, se calhar aquilo vai fazer-me falta, e aqueloutro, possivelmente, dava-me jeito. E, nos últimos tempos, nesta nova era tecnológica, não nos podemos esquecer do carregador do telemóvel ( em apartado à parte, quer dizer , vai num compartimento de um saco ali mais à mão), o telemóvel, os óculos ( que também são tecnologia imprescindível para quem começa a ter falhas de visão ) , o carregador das pilhas da máquina digital, mais um cabo para ligar a máquina a um computador e não levo o computador portátil ( tem um nome todo modernaço em inglês, mas agora não me ocorre), porque ainda não o tenho , que perdi esta nova oportunidade…e uma revista, o jornal do dia e um livro … ou dois, se a viagem for mais longa, se houver muitas esperas em aeroportos e viagens de comboio, que vai ser o caso. E este ano é complicado. Já tinha ali um livro “O pintor de batalhas” de Artur-Pérez Reverte, mas já vou a meio, não chega ao dia da viagem, ainda por cima, há lá momentos muito angustiantes, que me arrepiaram até ao coração, por ver até que ponto um ser humano se desumaniza numa guerra, uma guerra que – creio que todos nos esquecemos, provavelmente, por não medirmos bem as distâncias , à falta de TGV e de mais auto-estradas – se passou mesmo ali, ao nosso lado. Não sei quantos quilómetros são em linha recta até Vukovar, mas, se usarmos a tecnologia de que todos nos gabamos tanto, estamos mesmo à distância de um voo ou de um clique… Enfim, não é propriamente uma leitura para descansar em férias, como se em férias até não estivéssemos mais disponíveis para reflectir. Assim, lembrei-me de perguntar ( já houve várias indicações sobre livros ultimamente em vários blogues) e, em vez de ir à livraria e folhear à toa à procura, correndo o risco de levar até o Harry Potter, atendendo à loucura de vendas por esse planeta fora, o tal que tão depressa acha que estamos perto uns dos outros, como crê que nos separam imponderáveis, quando convém… dizia eu, em vez de escolher um tanto à sorte, venho pedir sugestões a quem me visita, desejando que deixem a proposta com uma notinha de rodapé ( maneira de dizer, claro! Um nota rápida de ler!). Acrescento eu que gosto de romances, romances históricos incluídos, mas leio tudo, desde que muito bem escrito ( e aqui podia divagar mais um tempo: serão os livros – alguns – de Saramago bem escritos , se até lhe falta tanta vírgula e tanto ponto? ) e nunca mais daqui saíamos. Portanto, o pedido está feito. Das respostas, se as houver, darei conta quarta-feira ( nunca mais tarde que segunda estou eu de abalada e ainda terei que ir comprar os livros para estar tudo em ordem sem stress bastante tempo antes) para poder aproveitar a todos os que aceitarem as sugestões. Isto não é um desafio, mas até parece!
Ah houve notícias de Paris... ah Paris, Paris ( dizer com "accent" parisiense!)
Monday, July 23, 2007
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