Wednesday, September 13, 2006

Rentrée


O despertador azucrina o meu sono.
Acorrento-me ao relógio ( esquecido umas semanas no fundo de um saco) e enfeito-me com duas gotas ( não , não é Chanel number five! ) de Romeo de Romeo Gigli. Antes de sair.
Prendo um casaco (que terei que vestir mais tarde) entre os dedos. O céu cinzento anuncia a chegada da chuva.
Não deixo em casa a boa disposição, nem por arte deste ar rabugento do tempo.
Na esplanada solitária, sento-me um instante para o café do costume sob os olhares críticos dos passantes.
Divirto-me com os meus botões pelo desafio infantil de contra-corrente. Um dia destes, mais cedo do que tarde, as mesas da pequena rua de peões não vão estar aqui durante laaaaaaaaaargos meses.
Andamos às voltas no limbo dos papéis.

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