ouve-se o sossego
na praça,
vozes baixas
nas escadas
junto à catedral;
folheio o jornal
muito devagar,
bebo um café
melancólico;
do miradouro
no quadro bucólico
da paisagem
nem quase aragem:
rodam num torpor
comedido as hélices
dos monstros eólicos
encarrapitados
especados
num céu pálido.
17 comments:
Local e tempo descritos na prosa poética a que já me habituei em ti.
Vi-me lá!
Abraço.
...e, aqui tão perto, há que tempos não passo por lá...Voltarei, com a memória dum "café melancólico".
Um abraço
Assim vale a pena, Renda.
Quando nos deixamos levar pelos sentidos e os conseguimos descrever.
Estive lá, contigo, a tomar esse café melancólico.
Beijinhos
BELA POESIA.
Parabéns. Gostei.
Olhe para o lado:
Há sempre alguém que
Quer ser abraçado e
Não tem coragem de dizer.
Enlace-o.
O pior que pode acontecer
É ganhar de volta um sorriso de carinho
Ou quem sabe, uma palavra sincera.
Você vai descobrir
Que ninguém está sozinho
E que a vida pode ser
Um eterno céu de primavera.
Um bom domingo
Na companhia de quem mais te abraça...
E, eu continuo com o ALFABETO. Estás curiosa?
Beijitos, letra B
Também gosto de poesia. Encantei-me pela trovadoresca.
Beijinho
Boa semana para ti!
Renda,
estive lá ...em Mogofores e, trago comigo as saudades das gentes daquele distrito que é o nosso, Aveiro.
Desta vez não comi leitão, fiquei-me com os franguinhos do Pompeu e pela cabidela de miúdos... há, também me deliciei com o fresco e saboroso espumante do Luis Pato.
Trago cheiros e sabores para ti.
Beijos
Um jornal folheado junto à catedral com um café melancólico tenta nesta aragem morno de setembro... e esse torpor dos detestáveis monstros eólicos às vezes não é nada comedido.
Gosto desta tua poesia pictórica.
Beijos
Querida renda
Adoro o ritmo dos teus poemas.
Bjos
querida Renda
Adoro o ritmo da tua poesia!
Bjos
Junto-me a ti num café melancólico num fim de tarde a ler o jornal.
Boa companhia.
Beijinhos
Agora descobri os poetas dos palop's
Em teu macio olhar repousa o meu.
E na face polida, assim formada
se reflecte e recria o próprio céu.
Daniel Filipe - Cabo Verde
poema com tempo e alma
saudações amigas
Dizem que uma imagem vale mais que mil palavras... neste caso, as tuas palavras valeram mais que uma imagem só!
Beijos
Passei , reli o poema, senti-me aí no café, contigo, a observar a sé e o D. Sancho I enquanto lias o jornal.
A Maria Mamede é uma amiga e os seus poemas são, quanto a mim, do melhor que actualmente se faz.
Beijinhos
"Quando entrar setembro e a boa nova andar nos campos
Quero ver brotar o perdão onde a gente plantou
juntos outra vez
Já sonhamos juntos semeando as canções no vento
Quero ver crescer nossa voz no que falta sonhar
Já choramos muito, muitos se perderam no caminho
Mesmo assim não custa inventar uma nova canção
que venha nos trazer
Sol de primavera abre as janelas do meu peito
A lição sabemos de cor, só nos resta aprender..."
Um beijo, querida.
Sejam bem vindos a nossa primavera e o outono de vocês.
o tempo encurta ou alarga distancias depende. saudaçõe amigas
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