Pergunta-se às entidades (in)competentes, como deve ser, os documentos necessários para ir trabalhar para o estrangeiro/União Europeia. Bilhete de Identidade! Apenas. Tão fácil, tão simples que até a pergunta parece estúpida. Respira-se de alívio, que todos os minutos são preciosos para tudo preparar antes de partir.
Chega-se ao país estrangeiro, instala-se uma pessoa, contactos para trabalhar, inscrições na agências de emprego, sem parar. Uma semana depois, começam os contactos. Tens o DN qualquer coisa? Não. Tens que o ter. Onde se pede? Oficina de Extranjeros. Não podes trabalhar sem esse cartão.
Dia seguinte , a tal Oficina. Três horas numa fila para receber dois impressos e preencher e ir entregar à “Comisaria”.
Diálogo surrealista que garanto que, se não aconteceu mesmo assim, foi muito, muito parecido:
Tens uma declaração do local de trabalho?
Não, por isso é que estou a pedir o cartão. Para trabalhar.
Mas, sem a declaração do empregador, não podes pedir o cartão.
Então, como vou trabalhar sem ter o cartão?
Bem, então vais à Segurança Social, pedir o documento x.
Dia seguinte: primeira a ser atendida no balcão da Segurança Social.
Na “ Comisaria” uma enchente.
E depois, seguiu-se o seguinte diálogo que não se passou em Portugal, mas no país vizinho, o tal da economia em alta e garanto, de novo, que não é nenhuma partida do “Gato Fedorento” nem nada…
Ainda precisas da cópia de mais um documento y.
Numa pressa, pediu-se a cópia.
De regresso:
Agora tens que apresentar a cópia do documento z.
Foi tirar-se a cópia do tal dito documento.
Agora, tens que esperar 45 dias!!!
Uma pessoa só não desmaia de espanto e incredulidade, porque tem um arcaboiço forte, embora de aspecto delicado e não propriamente tendência nem vagar para desmaios.
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Salomão, onde estás?
Uma juíza, de seu nome Fernanda Ventura, diz-se de consciência tranquila por enviar para a prisão um pai adoptivo, afectivo ou seja, pai, por não revelar o paradeiro da sua companheira ( só faltava que a decisão contivesse um preconceito contra as pessoas a viver em união de facto ou sem facto , como companheiras e não casadas com papel e tal) e da filha adoptiva de ambos.
Agora, parece que não ficou contente e ordenou à PSP ( Polícia que devia ser de segurança ) e à Polícia Judiciária para encontrarem a mãe e a filha custe o que custar e que , caso seja necessário, arrombem a porta ( à força, claro!!!) para entrarem em casa delas e trazerem a menina... também à força, digo eu e que prendam a mulher!!! Mas esta juíza decide tudo isto sozinha ou os colegas dela pensam como ela?
Se as leis , para serem aplicadas, não precisam de ser ponderadas , para que servem os juízes?
Manuel António Pina falou no seu artigo da " Visão " desta semana , como antes e depois dele, outros, de Salomão...
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Amigo
No meio de tantas reflexões pessimistas, surgiu num dos meus posts um comentário de um amigo de outros caminhos e, pelos vistos, destes; chegou muito de mansinho e está a descobrir, por esta altura, que me encontrou, por acaso ou foi o sangue a falar?
Vive na blogosfera em http://www.serra-montemuro.blogspot.com/
Foi um prazer formidável!!!
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1 comment:
Pelos vistos, a burrocracia está ainda de pedra e cal em Espanha.
No entanto, pelo que percebi, a culpa maior será dos serviços(?)que no país de origem informaram mal!
Enfim...que dizer?
Um grande abraço.
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