Wednesday, December 20, 2006

Abaixo de zero


Rasga os sentidos
Um ar de cortar à faca
Na corrente
de vento brutal
Junto à Catedral…

Os passos perdem-se
No granito gelado
Os ombros encolhidos
Escondidos
No meio do frio…

Os lábios gretados
Fechados
Da aragem campestre

agreste!

As luzes de cores
Espalham
Estranhas flores
Pela cidade …

Sob o sol frouxo
Brincam pardalitos
Pequenitos
Saltitantes …

Seca
a pele dorida
Estremecida
Um ar constante
Cortante
Pelas ruelas
E vielas.
Por cima um céu
Branco escorrido
Sem alarido…

2 comments:

vareira said...

Por aqui não é tanto o cortante e gélido inverno, mas que está forte e seguro está!Nem o mar o torna mais moderado!

soledade said...

Que saudades dessa limpidez que só o ar gelado conmhece! Aqui também está frio, mas, com o mar perto... E eu sou da serra, ou melhor: do planalto, da mesesta!´Bj