Friday, December 15, 2006

Frio


A claridade transparente e nua do crepúsculo cola-se estática e crua ao azul desbotado
da tarde gélida.

O horizonte rosado do lusco-fusco contorna o nevoeiro algodoado que se escapa entre montanhas.

Entrada a noite, os abetos recolhem nas suas folhas as gotículas geladas da neblina que desce das serras. Adormecidos, permanecem vidrados até ao nascer do sol.

1 comment:

Jorge P. Guedes said...

Eu quero adormecer nesta preguiça,
Cobrir-me dos fiapos da neblina.
E quente, no aconchego dos meus sonhos,
Acordar com as lágrimas dos campos,
As primeiras vertidas num novo dia.

Gostei da tua poesia.
Um abraço.

jorge G