Wednesday, June 04, 2008

A arte do copianço...

Agora há tecnologias que transformam o copianço numa arte e deixam, como em todos os sectores da sociedade, os velhinhos canudinhos de letrinhas miudinhas e outras técnicas semelhantes completamente obsoletas... já nem é preciso entrar nas escolas, escalar muros e entrar na reprografia e encontrar o teste certo para levar e distribuir, quiçá, vender... ( calhava mal , quando se pretendia o teste de Latim e encontrava-se o de Química, mas isso era de somenos importância, valia na mesma, trocava-se com os colegas de Ciências... ( não calhava tão bem se o desvio fosse de exames e a minha irmã , a quem correra tão bem o examde de Ciências, teve que o repetir... com raiva!!!) pode-se ficar calmamente sentado no cantinho mais confortável de casa e entrar em qualquer computador em rede... e, sem riscos de partir o pescoço ou uma perna, aceder com tranquilidade aos dados... há outros gadgets ( andava mortinha por empregar esta palavra!!!... emobra nem seja especialmente interessante e me lembre um boneco qualquer animado... e acho que já alguém disse isto algures!) que copiam as pergunats, enviam-se via telemóvel e recebe-se de volta a resposta sem estardalhaço... há outros sofisticadíssimos dignos de detectives do futuro que se transportam sem (grande) perigo de detecção , lê-se a pergunta num sussurro (quase) inaudível e recebe-se a resposta por áudio... e isto é uma pequeníssima amostra... e não dá trabalho, nem sequer o trabalho de ter que estudar ao fazer o copianço , o que é uma mais valia para preguiçosos-mor... Assim, nunca aconteceria aquela história , em que a colega da minha irmã, sempre atida às respostas em papel, passadas com grande risco em plena prova, lhe pedisse de mãos erguidas, depois de lhe agradecer a camaradagem: "por favor, não me passes as respostas em papel quadriculado... "
Custava mais a engolir ... por causa da tinta...

4 comments:

Andreia said...

Nunca tive esse problema porque nunca copiei, não é que às vezes não me apetecesse, mas nunca tive coragem!

Porca da Vila said...

Por estas e outras parelhas é que o nível de conhecimentos da maioria dos alunos à porta do Ensino Superior está como está nos dias de hoje...

Xi Grande

Papoila said...

Querida Renda!
Sempre que fiz cábulas, aquelas que se enrolavam num velho carrinho de linhas, nunca tive coragem de as usar
Resultado as cábulas eram a arte de sintetizar a matéria que acabava por ficar sabida.
O medo de ser apanhada era enorme!
Lembro-me que a Fisiologia já na Faculdade havia um tema que toda a gente copiava anos a fio. Não gostei do modo que estava elaborado e fiz outro que como é óbvio copiei.(Como todos faziam...) Pois entre a escrita e a oral estudei-o em profundidade por me parecer que o Prof me ia abordar o assunto... nem mais... foi a primeira pergunta de exame e safei-me muito bem perante o Mestre Prof. Afonso Guimarães.
Beijo

Carminda Pinho said...

Renda,
como esta arte está evoluída e, eu não sabia.:)))
Quando estudava, fazia cábulas como toda a gente, mas eram apenas "auxiliares de memória", nada de folhas escritas...as bainhas da bata serviam para quê? Ahahah!!!

Beijos