Monday, March 19, 2007

Pequeno conto em que entra um Pai

Lá por 1942, a tia Conceição do Outeiro ( S. Tomé de Covelas- Baião) perguntava ao Manuelzinho de Vinhozinhos, rapagão dos seus dezanove anos, negociante de castanha, por que razão permitia ao irmão mais novo ir namoriscar, se ele é que estava em idade de namorar. A resposta foi rápida e breve: - Estou à espera da sua filha!
A filha da tia Conceição, rapariguinha dos seus doze-treze anos, mexia, indiferente, nas brasas da lareira... A Mãe riu a bom rir.
Oito anos depois, por um frio mês de Fevereiro, a rapariguinha casava com o rapagão... ! Ela é a minha Mãe e ele , o meu Pai!!!
Quando lhe telefonei hoje, à hora do almoço, percebia- se apenas a alegria de ter a tal rapariguinha ao seu lado e de lhe chamarem Pai!!!

5 comments:

Alda Serras said...

Bonita história de amor!

zef said...

Gosto desta maneira de contar.
E, já agora, quando o Manuelzinho andava pelos dezanove anos, nascia,um bocado mais a norte de Baião (é preciso atravessar os dois rios e chegar às terras do vale do Sousa)...Ora bem, ainda há gente mais velha que eu e, espanto!, de raízes tão próximas...

Anonymous said...

As suas histórias são pérolas!

vareira said...

Lindo!Beijo grande

Jorge P. Guedes said...

Bonita história de amor!

Feliz da filha com tais pais!

Um grande abraço.
Jorge