o interior da casa quase em ruínas
foi escaqueirada à marretada.
A parede ainda de pé ao fundo
foi em tempos coberta de papel rosa;o vento fustiga os recantos e as esquinas
deixadas agora as portas escancaradas
as janelas desassombradas, devassadas;
a imagem da jovem seminua , sofisticadasorri, ali colada, capa de calendário,
no papel de parede cor-de-rosa.
Ninguém olha.
Nem os fantasmas que habitaram a casa
quiseram saber o que se vai passar a seguir.
Saíram sem olhar para trás e encafuaram-se na casa ao lado, aquela onde as portas
dão para lado nenhum
e as janelas para um beco sem saída.
2 comments:
Lindo....extremamente sensível
Nostalgicamente triste.
Creio que corações sensíveis a vida tem disso.
Um abraço e boa semana
Poema bastante duro também.
Um abraço
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