Sunday, September 13, 2009

pássaros


ar morno
trovoada no ar
nuvens em castelo
anda um corvo
negro a voar
flores pequenas
amarelas
entre a secura
do restolho;
as rãs escolhem
a frescura
do lago artificial
adiante ainda as amoras
maduras e negras
a chamar os caminhos
quentes e esquecidos;
onde andam os pássaros
que ninguém os ouve?
talvez à sombra quietos
a fugir das horas
batidas pelo calor.
e nisto que surpresa!
ultrapassam nossos passos
e em abraços
prendem os ramos
(nós vamos
lado a lado
e paramos)
os pássaros…

2 comments:

gaivota said...

passarilhando neste teu cantinho de asas abertas... enquanto está bom tempo!
beijinhos

Rique Loneliness said...

Gosto dos pássaros, especialmente corvos [lembram Edgar Allan Poe...] e saudoso estava de suas poesias que são magníficas pra mim. Execelente composição de palavras, leves e encantadoras. Um abraço.