Saturday, August 12, 2006

Depois...


Depois, passou-se uma semana de um calor " fritar charnecos no ninho" como diria o outro, calor de dia, de noite, à beira-mar, à beira-terra, dentro, fora... passaram-se três dias porreirinhos sem vento nem ondas ( como não havia de estar calor? ... até é prenúncio de tempestade que pode ser subtil ...) e, ao terceiro dia...quase quarto... ninguém ressuscitou, apenas a bonança se desfez quase sem se dar por isso... não houve nem raios nem coriscos... e devagarinho fiquei fantasma que, ao quinto dia , se tornou invisível. Então, percebi que já não "cantava" nada ali... e saí de mansinho... desandando a passear por Espinho e a banquetear-me de peixe... a minha tensão desceu drasticamente, o que, por um lado até é bom...A noite passada estava tão quente de novo que me sentei à porta da varanda a ver a " vida" da noite: entre o silêncio do calor acumulado nas paredes e nas ruas e os saltos dos carros na lomba , um gato malhado gozava o seu passeio nocturno ...
Por agora, só quero boas ondas pela Lagoa de Óbidos... Tudo o resto são apenas pormenores sem importância.

1 comment:

vareira said...

E quem vê e sente, quando o vento nos abraça, em Espinho,sabe que o mundo não pára e a natureza nos informa que adormecida andará, mas tempestades com bonanças nos brinda sem que nós olharmos e ouvirmos.
Que as ondas em óbidos tragam aragens de boa vontade.