a miúda ri ao ritmo do baloiço
para cá e para lá
houve um baloiço à beira-mar
num tempo de verão e éramos pequenas
tão pequenas que quase me esqueci
dávamos-lhe balanço com força
esticávamos as pernas os pés
atirávamos a cabeça
e os ombros para trás
e baloiça que baloiça
o baloiço subia no ar
cada vez mais alto
dávamos-lhe balanço
parecia voar
os risos erguiam-se nas gargantas
batiam-se palmas
dávamos-lhe balanço
sem descanso
pernas esticadas
cabeça para trás
e muitos risos
subíamos alto
mais alto
do outro lado da barra
víamos o mar.
o pai empurra o baloiço
da miúda dá-lhe balanço
talvez um dia procure
sozinha alcançar lá do alto
o mar...
2 comments:
Renda
Gosto do ritmo. E do que também faz lembrar.
O corte final, travagem que há-de projectar a menina. Lindo.
(O título trouxe-me à lembrança Fragonard, mas aquela alegria da criança e de quem a empurra fez esquecer.)
Um abraço
também quero ir andar de baloiçooooooo
o baloiço da vida de criança é lindo!
beijinhos
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