Monday, November 30, 2009
Frio
o frio arde sobre as águas do lago
a conversa flui à lareira
o vento corre desatinado
como se procurasse eira ou beira
onde se abrigar da aragem da serra
a noite cai escura; tu chegas e apenas
entardece nas palavras certas.
Thursday, November 19, 2009
Muro
Tuesday, November 17, 2009
Depois da tempestade
depois da tempestade
escorre subterrânea a água,
a terra respira saciedade,
os pássaros voam em bandos
eufóricos da bonança,
as pedras magoadas
de granito cinzento,
o lago quieto hoje
espelha árvores
ao contrário.
Labels:
árvores,
bonança,
Parque Rio Diz Guarda,
tempestade
Friday, November 13, 2009
Pesadelo
Contorciam-se enroscadas umas nas outras
as cobras.
Acordei: estava presa num qualquer lugar esquecido,
as portas não abriam,
gritava por ti sem voz
e não ouviste o meu pensamento.
Acordei: chovia e o céu cinzento oprimia a terra,
que não respirava nem gerava flores.
Acordei: quatro caminhos e eu sem saber o destino.
O comboio nem sequer partiu para lado nenhum.
Quero adormecer e acordar nos teus braços.
Monday, November 09, 2009
Contra a corrente
Wednesday, November 04, 2009
Viagem
andavam empurrados
por fortes ventanias
de terra em terra;
de quando em quando,
em momentos de acalmias,
ainda lhes tremiam
as pernas de lutar
contra os vento desorientados,
encontravam um lugar
momentâneo e abrigado
dos ares furiosos e das neves;
sabiam que não era para sempre,
amarravam as árvores ao chão
para não voarem à procura
de uma nesga de céu, quando
se adivinhava vendaval;
não sentiam compreensão
naquela viagem sem destino,
sem levar objectos nem amigos,
não havia tempo de os guardar,
eram para eles um sonho fugaz;
um dia, cada um, por cansaço
ou escolha, encontraram a paz
num canto e sentem prazer
em ficar mais e mais,
embora a alma de nómadas
de antigamente continue inquieta;
então, fogem através das montanhas
sem pensar, sem ventos nem tempestades,
e procuram o mar; depois, regressam,
não sabem se é para ficar.
por fortes ventanias
de terra em terra;
de quando em quando,
em momentos de acalmias,
ainda lhes tremiam
as pernas de lutar
contra os vento desorientados,
encontravam um lugar
momentâneo e abrigado
dos ares furiosos e das neves;
sabiam que não era para sempre,
amarravam as árvores ao chão
para não voarem à procura
de uma nesga de céu, quando
se adivinhava vendaval;
não sentiam compreensão
naquela viagem sem destino,
sem levar objectos nem amigos,
não havia tempo de os guardar,
eram para eles um sonho fugaz;
um dia, cada um, por cansaço
ou escolha, encontraram a paz
num canto e sentem prazer
em ficar mais e mais,
embora a alma de nómadas
de antigamente continue inquieta;
então, fogem através das montanhas
sem pensar, sem ventos nem tempestades,
e procuram o mar; depois, regressam,
não sabem se é para ficar.
Sunday, November 01, 2009
Sonho
Subscribe to:
Posts (Atom)