Friday, June 23, 2006

nascidos em 1980!!!


Pois é: vão deixar saudades estas crianças que partem para outra etapa da vida…por estes dias elas próprias debatiam-se entre o entusiasmo dos “inter-turmas”, a alegria das férias próximas, o alívio das tarefas e a saudade que já andava no ar… mas que querem que diga? lembro-me logo daqueles “nascidos em 1980” . Colocaram a fasquia tão alta (ontem com os meus pensamentos só me lembrava da palavra em castelhano “listón” e foi um cabo dos trabalhos para me recordar da palavra em português… acho que estou a ver muita televisão espanhola !!! como quando me surgem frases do tipo “ passam de mim” ou “ vão votar sim , não?” que soou estranha – a frase- ainda por cima dita numa esplanada de uma praia bem portuguesa; ainda pensei que era do Porto branco fresquinho e cheiinho , mas mais tarde é que “vi” que era apenas um interferência de línguas… agora vou deixar o parêntesis que isto não parecia, mas era um parêntesis) Retomando: colocaram a fasquia tão alta que é difícil serem destronados, mas enfim, são momentos em que tudo se conjuga para ser excepcional, até os astros…
Mas vamos ver-nos por aí…
O Francisco José Viegas deu uma entrevista à Visão ( 22/06/2006) e resolvi que não são só os nomes, os lugares que conseguem despoletar recordações, aliás , já muita gente antes de mim, descobriu que também os sabores ( ai as madalenas de Proust!!!) , os cheiros, um objecto …e sei lá que mais o fazem como um clic…agora foi uma entrevista que fala da infância, dos livros que leu – até achava que apenas eu tinha lido Júlio Dinis e Camilo, além de Eça , mas afinal não: apenas eu os li primeiro que Francisco José Viegas… - das bandas desenhadas do Jornal de Notícias que os pais dele assinavam : eu era mais o Primeiro de Janeiro que publicava ao domingo o Príncipe Valente, a Dona Perliquitetes, e outros de que agora não recordo o nome. O jornal também recebíamos em S. Tomé de Covelas , no Douro, nas férias , pelo correio , um dia depois quando as notícias já estavam ultrapassadíssimas, mas, na altura isso não fazia diferença nenhuma…
Também reflecti que, se não retemos todos os nomes ou rostos dos professores, isso também não tem problema nenhum, embora , por vezes, nos marquem ou por serem excepcionalmente bons ou por serem muito rígidos… Se não nos lembramos , acho que ainda bem, correu tudo com muita naturalidade…como deve ser…
O J. faz anos hoje e andámos por aí a gozar o dia, almoçámos as espetadas de enguias com batatinha cozida, como é hábito por estas bandas e preparamo-nos para, logo, atacar a sardinha assada e caldo de grão ( em outras paragens será caldo verde que , se houver, também segue viagem) …
Só uma notinha: sobre assuntos que me poderiam vir a causar indigestão, não falo…

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