a contragosto
o mês de Agosto
chega ao fim
assim:
o céu liso de azul
uma aragem ligeira
traiçoeira
uma sonolência
uma dormência
dos vales aos planaltos;
um rebanho procura
erva perdida no restolho
e os pardais
entre os ramos
voltejam sem cessar
em círculos repetidos;
a aventura
guardada
numa gaveta
semi-fechada
em fotografias
de momentos
lentos
sem tempo marcado
e na memória
uma varanda
com vista para o mar
para me perder
quando precisar
de calma...